30 de dezembro de 2013

Ativistas em defesa dos animais fazem ato em frente ao Zoo de Taboão

Um grupo de cerca de 40 pessoas em defesa aos animais esteve no Parque das Hortênsias na manhã desta segunda-feira, dia 30. Durante toda a manhã e início da tarde, o zoológico municipal de Taboão ficou fechado e com Guardas Civis dentro e fora do local. Os ativistas alegaram ter recebido denúncias de maus-tratos, porém foram impedidos de entrarem no parque, exceto a bióloga Elizabeth Teodorov. Ela ficou responsável por fazer um laudo das condições dos recintos e dos animais.

O grupo marcou o ato pela rede social Facebook, logo depois de terem conhecimento da morte dos três felinos: tigre, leão e tigresa, entre os meses de agosto e novembro, respectivamente. Veja aqui. Os ativistas não descartaram também a retirada dos animais que não estejam bem tratos, como no caso do gavião, que está com o olho perfurado e precisou ser amputado. Para tanto, eles precisam da autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

 “A morte deles está bastante obscura. Temos que conservar o parque e garantir que eles cuidem melhor dos animais”, afirmou a professora Ana Lopes. De acordo com a advogada Antília da Monteira Reis, presidente da Comissão de Proteção Animal da OAB de São Bernardo do Campo, o órgão recebeu mais de 40 denúncias de maus-tratos aos animais do parque.

Por volta do meio dia, a bióloga Elizabeth deu seu parecer. Ela disse ter constatado que somente 10% do parque é considerado impróprio para os animais. Afirmou que os felinos morreram realmente de doença e que a leoa está muito bem de saúde. “Quando há maus-tratos o felino tem doenças de pele, olho lacrimejando”, disse. Ela acrescentou que é necessário aumentar o espaço que a felina fica.

Como os recintos que têm mais problemas ela enumerou o do sagüi e das aves de rapina. Ela citou ainda a necessidade de reformas em outros recintos dos micos (macacos) que de acordo com a bióloga está em ambiente irregular, jaulas enferrujadas, sem ventilação, mofo e sem galhos grossos suficientes, além do chão ser cimentado.

As três corujas existentes no parque também estão nas mesmas condições, segundo ela. “O cheiro dos recintos é muito forte, escuro e por esse motivo as corujas ficam grudadas na grade para receber luz. Uma delas está cega de um olho”, contou. A bióloga sugeriu que na reforma prometida pelo prefeito Fernando Fernandes, a parede do recinto em questão seja quebrada, o ambiente pintado com uma cor mais clara e sejam colocados mais folhas e galhos.

Depois da análise, vídeos e fotos tiradas, a bióloga irá produzir um laudo. A polícia militar ambiental esteve no local, porém sem o laudo, o 2º sargento Souza, esclareceu que só pode autuar o parque somente quando o laudo estiver pronto. De acordo com militar, a multa para maus-tratos é de R$ 1.500,00.

Na sexta-feira passada, policiais e advogadas estiveram no parque. Outro laudo será feito por eles, já que na ocasião várias fotos foram tiradas, também devido a denúncias de maus-tratos.


A reforma do parque deve começar no início do próximo ano. Dia 1º de janeiro, essa quarta, o zoológico já não receberá mais visitas.


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