O jovem Anderson Aparecido Melo de 28 anos acusa o médico Rogério
Romano Cançado da Maternidade do Antena de realizar “parto desastroso” que culminou na perda de sua mulher, Adriana
Maria de Andrade, 37 e filha, Manuelly, na última segunda-feira (1º de setembro).
O sonho de ser feliz com “os dois amores de sua vida” caiu por terra, ao receber
as tristes notícias em um intervalo de dez horas (7h05 às 16h50), em pleno corredor
do local. Desolado, Anderson, sua família e a da gestante, acusam o médico de negligência,
ignorar solicitação de cesariana, devido ao tamanho de Manu, mais de 5 quilos e
praticamente 60 cm e ainda, funcionários de rasurarem o prontuário, que fica
sob a maca.
Segundo ele, o médico Rogério teria informado que “tentou o
parto normal de várias formas, quebrando a clavícula do bebê e depois
empurrando a cabeça da criança de volta, abrimos a barriga para puxá-la dali, conseguimos,
mas ela (a bebê) morreu”, afirmou. Para receber notícias de Adriana “ficou
esperando o dia todo, sem explicações e nem pode assistir o parto”, disparou. Depois
que informaram, por volta do meio dia, a morte da minha filha, fui na Delegacia
fazer o Boletim de Ocorrência, quando retornei, minha esposa já estava morta”,
conta.
A guia solicitando que o parto fosse cesariana foi emitida
pelo médico Hiroyuki Hashimoto, responsável por todo o pré-natal de Adriana, na
Unidade Básica de Saúde Jardim Helena, no dia 20 de agosto. Na mesma data,
Anderson afirma que sua esposa esteve na Maternidade do Antena, e lá a médica obstetra,
Maria Dolores Jacinto teria dito: “que aquele médico japonês está louco, manda
você fazer cirurgia. Para mulher que teve 6 gestações de parto normal. Esse
bebê vai nascer na hora de Deus”, contou.
Anderson afirma não se conformar com a morte “ela saiu muito
bem daqui, fomos rindo na ambulância do Samu às 3h50 da manhã e depois ela sai da
maternidade dentro de um caixão. É inaceitável”, afirma. Ele pretende processar
os responsáveis, mesmo sabendo que essa atitude não trará sua esposa e filha de
volta. “Não quero que continue acontecendo com outras mães. Em menos de uma
semana, uma grávida faleceu durante cesariana, pelo menos salvaram seu filho”,
relata.
Adriana deixa seus seis filhos: Carol de 20 anos, Felipe - 18, Daniel - 15, Matheus de 13, Vinicius de 8 e a pequena Lara de 4.
A Secretaria de Saúde informou ao portal de notícias TaboãoemFoco que foi solicitado a abertura de processo para investigação de circunstâncias e causas dos óbitos. A direção da SPDM informou que o caso será encaminhado para comissão de ética e o Conselho Regional de Medicina.
Adriana deixa seus seis filhos: Carol de 20 anos, Felipe - 18, Daniel - 15, Matheus de 13, Vinicius de 8 e a pequena Lara de 4.
A Secretaria de Saúde informou ao portal de notícias TaboãoemFoco que foi solicitado a abertura de processo para investigação de circunstâncias e causas dos óbitos. A direção da SPDM informou que o caso será encaminhado para comissão de ética e o Conselho Regional de Medicina.
Enterro
O enterro de mãe e filha, em caixões colocados lado a lado
no Cemitério da Saudade, no final da tarde da última terça (2), era de extrema
comoção, revolta e saudade. A despedida foi marcada ainda pela triste imagem "do
rosto da bebê, completamente roxo, assim como seus dedos da mão. “Ficou visível,
que na hora que empurraram a cabeça de volta, ela engoliu sangue e ficou com
asfixia. Mataram ela e a Adriana”, acusou o pai de Anderson, senhor Antônio.
Câmara
Durante a sessão de terça, os vereadores se comoveram com a 3ª morte em menos de uma semana, durante parto na Maternidade do Antena. Os membros
da oposição Moreira (PT) e Luiz Lune (PCdoB) apresentaram requerimento,
assinado por todos os vereadores, a fim de esclarecer as mortes de Angélica, Adriana e sua filha. O prazo para resposta da prefeitura é de 15 dias, se caso não recebam
uma resposta, sugeriram a abertura de CPI para investigar as possíveis
negligências.
Pacoproduções
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