O medo da violência tem se tornado constante para quem
precisa trafegar pelas imediações da antiga praça Luiz Gonzaga, no bairro do
Pirajuçara em Taboão da Serra. Na manhã desta segunda-feira (23) uma professora
da escola Antônio Fenólio e funcionária da EMI Mônica foram vítimas de um
assaltante na hora da entrada dos alunos nas unidades, por volta das 6h50.
Deixando os pequenos também vulneráveis a ação dos criminosos.
Uma testemunha dos assaltos relatou como o crime aconteceu.
Ela passava pela calçada exatamente quando o criminoso agia. “Ele me encostou
na parede, tentei proteger meus filhos e fiquei com as mãos, braços e joelhos
machucados. Minha filha de 6 anos fez até xixi nas calças de tanto medo”,
lamentou. Segundo ela, a professora tinha acabado de sair de seu carro quando
foi abordada. Exigindo a bolsa e a chave do veículo, o criminoso foi violento
com a vítima.
“Ela estava fechando a porta, quando ele chegou por trás,
agarrando em seu pescoço gritando `passa a bolsa, se não eu vou te matar, eu estou
armado´”, contou. O assaltante teria derrubado a professora no chão e começado
uma luta corporal com ela, puxando a sua bolsa. “Ela também ficou toda
machucada. O assaltante não chegou a usar o estilete, porque dois homens um de
bicicleta e outro de moto, o assustaram e ele fugiu”, relatou.
Na fuga, o criminoso ainda teria abordado uma funcionária da
EMI Mônica e levado seu veículo, na porta da unidade, recuperado logo na
sequencia, segundo a testemunha. “Meses atrás um policial militar foi morto no
mesmo local do assalto da professora hoje. E mesmo assim nenhuma segurança foi
garantida aqui. Raramente passam policiais e quando passam parece que estão em
uma pista da fórmula 1 de tanto que correm”, frisou. “Nós precisamos de
policiamento por aqui”, pede.
De acordo com ela, a violência tem aumentado gradativamente
no local, após o início das obras do Poupatempo, “porque a segurança é rara. E
se não colocar depois do término da obra, vai pior mais ainda, já que aqui será
o foco dos bandidos”, afirma. Ainda traumatizada, ela garante que nunca mais
vai esquecer as características do bandido. “Ele era alto, moreno, com olhos
castanhos, careca, nariz fino e lábios grossos”.
Ela contou para a reportagem que pretende colher assinaturas
para um abaixo assinado. Também vai à Delegacia registrar um Boletim de
Ocorrência. Os comerciantes também clamam por viaturas no local, que conta com
três escolas. “Pedimos por uma base móvel, não somente meia hora. Às vezes o
Hipermercado Extra está com viaturas na frente, mas lá é particular e se
quiserem, podem contratar, aqui não é assim. Temos que ter segurança garantida”,
apontou.
Outro caso e denúncias de tráfico
Um sargento aposentado da polícia militar morreu assassinado
com um tiro na cabeça há um mês. Ele tinha acabado de sacar uma quantia em
dinheiro em uma das agências bancárias e ao ser abordado pelos assaltantes, foi
atingido por um tiro.
Denúncias também apontam que o espaço da antiga Praça Luiz
Gonzaga, é utilizado por traficantes e usuários de droga, por isso tanta incidência
de crimes.
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