A frente do
Parque das Hortênsias foi palco de manifestação praticamente durante todo este
domingo, dia 9 de Março. Cerca de 150 ativistas, em sua maioria de fora da
cidade, e moradores de Taboão protestavam contra os possíveis maus tratos dos
animais e estrutura do Zoológico Municipal. Eles pediram ainda a
transferência imediata dos animais doentes e melhores condições para mantê-los
no local, caso não apresentem doenças. A prefeitura já iniciou obras no local e devido a isso, também salientaram
que é necessário que haja acústica para proteção dos animais. Ao menos seis
deles, durante o ato, permaneceram engaiolados com tinta vermelha no rosto.
Embaixo do
sol quente, os manifestantes munidos de faixas, apitos, com megafone e caras
pintadas decidiram por votação caminhar até o Santuário Santa Terezinha e
consequentemente parar a Rodovia Régis Bittencourt. Por mais de uma hora, a
pista sentido São Paulo ficou bloqueada. Uma fila de carros foi formada. Na
volta, os manifestantes também travaram a via, sentido Curitiba. O trânsito
ficou complicado por volta das 13h às 15h.
A intenção
deles, no início do ato, era permanecer em frente ao Parque, a fim de
conscientizar os moradores que visitaram o local, colher assinaturas de um
abaixo-assinado, além de chamar a atenção dos governantes, segundo a
representante da frente dos advogados ativista de libertação animal, Antilia
Reis.
Muitos
moradores afirmaram que ouviram dizer que os animais são maltratados, também
apóiam a transferência deles, porém sem fechar o local, por considerá-lo com o
principal espaço de lazer na cidade. “Trago meus filhos, visito sempre. Fiquei
muito triste com as mortes do leão e tigres [casal], mas não acho que por isso
deve fechar. Aqui é muito legal, tem verde é calmo, seguro. Um lugar que meus
filhos adoram”, disse Flávia Soares, moradora de Embu das Artes.
Paulo Félix
foi até a manifestação. “Sou solidário a luta dos ativistas em defesa da luta
dos animais que precisam ser retirados, mas também pela preservação do
zoológico”. Willian Felício da Silva, morador da cidade de São Bernardo defende
que o zoológico seja fechado porque “não tem estrutura para deixar os animais
vivos, falta alimentação e profissionais”. Ele era uma das pessoas que
entregavam folhetos aos moradores sobre os “problemas que o parque apresenta”,
segundo ele.
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