5 de fevereiro de 2014

Taboanenses convivem diariamente com a falta de segurança

Conviver com a falta de segurança tem virado rotina entre os moradores dos mais diversos bairros da cidade de Taboão da Serra. Apesar da rotina, uma vez que os criminosos agem a qualquer hora do dia, as vítimas trafegam pelas ruas cada dia mais temerosas e confiam em Deus, a oportunidade de não serem alvo dos bandidos, pela primeira vez ou pelas incontáveis ocasiões.

De acordo com testemunhas, os criminosos praticam os roubos com a utilização de armas, facas e nunca agem sozinhos. Os roubos mais comuns são a transeuntes, onde celulares, bolsas e dinheiro são levados sempre pela manhã ou no período da noite (volta do trabalho). As saidinhas de banco também são constantes e roubos a veículos como motocicletas, não acontecem com tanta freqüência, mas também traumatizam as vítimas.

Os moradores e quem precisa passa pela rua Helena Moraes de Oliveira, no Parque Pinheiros, são alvo de criminosos constantemente. “Eles aguardam nas pilastras da passarela, [em frente à escola municipal Professora Maria Alice Borges Ghion], ou no final do escadão, agem como se não quisessem nada, e roubam tudo que tiver mais fácil”, contou Edson Martins Pereira, de 46 anos.

No local, não há somente essa escola municipal, mas também a infantil Pelezinho, além de um ginásio de esportes. Apesar disso o policiamento é escasso, segundo o comerciante Adalto. “É raro ver polícia aqui. Todo dia chega alguém correndo. Para as mulheres oriento para não subirem sozinhas. Uma delas até cortaram a mão com uma faca, porque não quis entregar a bolsa”, relatou.

O local, apesar de ser movimentado durante o dia, é isolado a noite. A iluminação não ajuda a garantir a segurança. É possível notar calçadas tomadas por mato e muito entulho espalhados por elas. Transeuntes precisam mesmo é andar pela rua, nestes trechos com falta de manutenção aparente. Ao lado do ginásio, nota-se a quantidade de mato, pichações, em um local que parece ser continuação do ginásio. Ali também é bem propício o esconderijo de criminosos. De acordo com os moradores, a prefeitura demoliu a escada que dá acesso à escola, para evitar os roubos, porém nada teria adiantado.

O jovem Fabiano Assis, de 23 anos afirmou estar traumatizado até agora pelo roubo de sua motocicleta na porta da residência, no final do ano passado. Ele foi abordado por quatro motocicletas, dois criminosos em cada uma e teve ao menos três armas apontadas em direção a sua cabeça. Levaram sua moto e, antes obrigaram a ajoelhar no chão. Três dias depois a motocicleta foi encontrada, mas o trauma permanece. “A gente trabalha para ver os bens indo embora assim: do nada. É triste. Dá vontade de desistir de tudo, mas temos que encontrar forças”, disse.

A jovem Michele dos Santos, também moradora do Freitas Júnior, foi alvo pelo menos duas vezes de criminosos, logo após sair do banco. Na última, o criminoso (acompanhado em mais três motocicletas) apontou a arma para a sua cabeça, obrigou a dar o dinheiro e sob ameaça, roubou bolsa, cellular e cartões. O dinheiro não foi levado, porque estava com seu namorado, em um veículo que havia acabado de sair do local. Ela foi seguida do Itaú do Pirajuçara, até a residência.

Estatísticas

De acordo com a polícia civil os principais pontos que registram roubos e furtos é no Pirajuçara e Rodovia Régis Bittencourt (passarelas como do Shopping, por exemplo). Estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo aponta que em 2013: 1.606 furtos foram registrados. Os roubos alcançaram 2.391 casos, já os roubos e furtos de veículos 1.551 ocorrências.

Por mês em média 134 furtos eram registrados, sendo cerca de 4 por dia. Já os roubos contabilizam por mês, uma média de 199 casos, com 7 ocorrências por dia. Os roubos e furtos de veículos, por mês eram 129, em média 4 por dia.

Se comparado ao ano de 2012, somente os furtos e roubos e furtos de veículos registraram queda, de 143 casos e 13, respectivamente. Já os roubos aumentaram em 206 ocorrências.






Nenhum comentário:

Postar um comentário